Os baixos rendimentos são a principal causa que leva as famílias famalicenses a procurarem apoio junto do município para pagarem as rendas das suas habitações. De acordo com os dados do programa municipal “Casa Feliz, Apoio à Renda” que vai beneficiar ao longo de um ano perto de 250 famílias do concelho nas suas despesas com a casa, mais de 65 por cento das 285 candidaturas apresentadas evidenciavam dificuldades resultantes dos baixos rendimentos. Relacionado com esta problemática está o desemprego que afeta 20 por cento das famílias que pediram apoio. Por outro lado, quase 6 por cento das pessoas estavam em situação de doença e/ou deficiência. Entretanto, regista-se um conjunto de famílias (8%) que apresentaram problemas relacionados com as despesas elevadas.
No que diz respeito ao tipo de agregado que mais procura apoio destaque para as famílias monoparentais com filhos a seu cargo (36 por cento), sendo de referir também as pessoas que vivem sozinhas (29 por cento).
O presidente da Câmara Municipal de Famalicão, Paulo Cunha, esteve, esta terça-feira, com as famílias apoiadas e salientou que “o município está e estará sempre disponível para ajudar quem precisa”. “Eu só fico de consciência tranquila quando conseguimos ajudar quem precisa, quando conseguimos chegar a toda a gente”. Neste âmbito, o autarca salientou que o município “está sozinho em todo este processo, sendo que não existe, neste momento, nenhuma outra entidade que apoie a habitação social”.
Refira-se que através do programa municipal “Casa Feliz – Apoio à Renda”, promovido pela autarquia de Vila Nova de Famalicão, serão apoiadas ao longo de um ano cerca de 250 famílias do concelho nas suas despesas com a habitação, o que representa um investimento de quase 252 mil euros.
São famílias que por diversos motivos estão numa situação de carência económica, e que precisam de apoio para cumprir os seus compromissos com as rendas das suas habitações e evitar despejos por falta de pagamento.
Os apoios são divididos em três escalões A, B e C, correspondendo a 100 euros, 75 euros e 50 euros mensais. Com o escalão A foram beneficiadas 114 famílias, com o Escalão B 115 e com o Escalão C 19 famílias.
Desde 2013, a autarquia já investiu mais de 800 mil euros com os apoios à renda. Sendo que o investimento municipal tem vindo sempre a subir, tendo iniciado com 55.500 euros em 2013, beneficiando 51 candidatos, chegou aos 127 mil euros em 2016 distribuídos por 121 famílias, e atinge este ano os 252 mil euros no apoio a 248 agregados.