A dois anos de completar três décadas de existência, o edifício da Biblioteca Municipal Camilo Castelo Branco, em Vila Nova de Famalicão, vai beneficiar de um conjunto de obras de readaptação dos espaços, remodelação, modernização e ampliação de algumas das áreas. A proposta para a abertura do concurso público da obra, que prevê um investimento na ordem dos 1,9 milhões de euros, foi esta quinta-feira, apresentada na reunião do executivo municipal.
“A revolução digital e a expansão da designada sociedade do conhecimento, veio alterar o conceito atual das bibliotecas públicas, atribuindo-lhes novas funções e utilidades, o que por um lado justifica a necessidade destas obras”, salientou, esta manhã, o presidente da Câmara Municipal, Paulo Cunha. Porém, para o responsável, a necessidade mais urgente tem a ver “com o estado de degradação do edifício que apresenta infiltrações e fissuras em diversos locais, sendo por isso necessário proceder à sua reabilitação”, explicou lembrando que “em quase 30 anos, o edifício nunca beneficiou de melhoramentos”.
Sem querer avançar data para o arranque das obras, Paulo Cunha referiu que “o ideal seria que a obra arrancasse até ao final deste ano”. De acordo com o caderno de encargos, a empreitada terá um prazo de execução de 365 dias. Durante esse período a Biblioteca irá manter o seu funcionamento ainda que “com algumas limitações”.
Procurando adaptar o edifício às atuais necessidades do público, nesta intervenção será valorizada a receção no primeiro piso, será revista a localização do fundo local, aumentada a sala de leitura de adultos e serão criados novos espaços de leitura de audiovisuais, de depósitos de livros, de cafetaria e de garagem do bibliomóvel, entre outros melhoramentos.
Refira-se que a autoria do projeto de remodelação pertence ao arquiteto João Eduardo Marta, o mesmo que assinou o projeto de construção do edifício, em 1988.
A Biblioteca Municipal de Famalicão nasceu em 1913, instalando na altura na cave dos Paços do Concelho. Em 1987, entra para a Rede Nacional de Bibliotecas Públicas e um ano depois é lançada a primeira pedra para a construção do novo edifício, na presença de Mário Soares. Passados quatro anos, a 1 de junho de 1992, é inaugurado o edifício com 2400m2, situado em pleno espaço verde do centro da cidade, o Parque de Sinçães. A cerimónia associou-se às comemorações do aniversário da morte do seu patrono Camilo Castelo Branco e ao Dia Mundial da Criança.